Telemedicina e suas implicações para a psiquiatria

Telemedicine and its implications for Psychiatry

Resumo

Transtornos mentais, especialmente a depressão e a ansiedade, são uma crescente preocupação de saúde pública.

Apesar das barreiras no acesso aos serviços psiquiátricos, inovações tecnológicas, como a telemedicina, são soluções promissoras para mitigar a crise de saúde mental, sobretudo no contexto pós-pandemia COVID-19, o qual acelerou a adoção da telemedicina, alterando a maneira como os serviços são oferecidos. Assim, este artigo é uma revisão de literatura integrativa e seu objetivo é estabelecer se há um consenso na literatura sobre a eficácia da telemedicina na psiquiatria. Para tal, foram utilizadas as bases de dados PubMed e SciELO, considerando artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores foram “telemedicine”, “health impact assessment”, “Physicians’ Offices”, “Psychiatry”, combinados pelo operador booleano “AND”. Foram selecionados 103 artigos e após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 22 artigos. Com base na literatura utilizada, verifica-se que a telepsiquiatria apresenta uma abordagem eficaz, ao oferecer vantagens como acessibilidade, redução de custos e flexibilidade, especialmente no tratamento de transtornos como depressão e ansiedade. Contudo, sua eficácia pode ser limitada em casos de transtornos alimentares, apresentando resultados contraditórios em relação ao abuso de substâncias. A satisfação dos pacientes geralmente é alta, também pode facilitar intervenções precoces e coordenação de cuidados. No entanto, desafios como privacidade, necessidade de capacitação tecnológica e acesso à internet precisam ser enfrentados, assim mais pesquisas são necessárias para avaliar seu impacto para os pacientes. A integração da telepsiquiatria com cuidados presenciais por meio de modelos híbridos pode proporcionar atendimento mais abrangente e personalizado.