Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana do ozônio gasoso e do óleo ozonizado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47224/revistamaster.v6i11.163

Palavras-chave:

Ozonioterapia, Gás ozônio, Ação antimicrobiana, óleo ozonizado

Resumo

O gás ozônio foi descoberto no século XIX e, desde então, vem sendo estudado e testado de diversas formas. Vários estudos indicam que a ozonioterapia tem demonstrado ótimos resultados no tratamento de variadas patologias, além da utilização do ozônio ser um método eficaz para esterilização de espaços/objetos médicos e odontológicos, uma vez que a geração do gás é de baixo custo quando obtido o equipamento. Diante desse cenário, o presente trabalho tem por objetivo avaliar a capacidade de ação do gás de ozônio e do óleo ozonizado frente a patógenos importantes: Staphylococcus aureus, Escherichia coli. e Staphylococcus aureus resistente a meticilina, por meio de teste in vitro feito em laboratório do Centro Universitário IMEPAC. Os resultados foram positivos em relação ao gás, evidenciando uma ótima alternativa como sanitizante de baixo custo e sem formação de produtos tóxicos. Já com relação ao óleo ozonizado, a falta de parâmetros precisos de comparação, os possíveis problemas de interação do mesmo com o papel filtro, ou mesmo sua alta concentração, podem ter sido indicadores que geraram resultados menos expressivos. Todavia, mesmo com algumas restrições, foi confirmada a capacidade do gás e do óleo ozonizado de conter e combater o crescimento de microrganismos. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZUMA, K.et.al. Anti-inflammatory effects of ozonated water in na experimental mouse model. Biomedical Reports, v.2, n.5, p.671-674, set.2014. Disponível em: http://www.spandidos-publications.com.br/2/5/671?text=fulltext. Acesso em: 19 out.2019

BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução 2.181, de 20 de abril de 2018. Ozonioterapia como procedimento experimental, só podendo ser utilizada em experimentação clínica dentro dos protocolos do sistema CEP/Conep. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10jul. 2018. p.106. Disponível em: http://www.portal.cfmv.gov.br/lei/download-arquivo/id/1096. Acesso em: 03 dez. 2019.

BOCCHI, L. et al. Oxygen-ozone in orthopaedics: EPR detection of hydroxyl free radicals in ozone-treated “nucleus pulposus” material. Riv Neuroradiol. p. 55-9, 2005.

CAVALCANTE, D.A. Avaliação da eficiência da aplicação do ozônio na cadeia de produção do queijo minas frescal p.33. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2012. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/254828. Acesso em: 19 out. 2019.

DÍAZ, S. et al. No increase in sister chromat idex changes and micronuclei frequencies in humanlym phocytes exposed to ozone in vitro. Proceedings Ozone in Medicine 12th World Congress of the International Ozone Association, 15th to 18th May, Lille France.1995.

DENNIS, A. N. COVID-19, Key Questions for Impact Analysis: A Worldwide Pandemic. Journal of Surgery Current Trends & Innovations, California, United States, 2020.

ELVIS, A.; EKTA, J. Ozone therapy: A clinical review. Journal of Natural Science, Biology and Medicine, v. 2, n. 1, p. 66, jan. 2011.

FARIAS, JBF et al. Ozonioterapia como adjuvante no tratamento da COVID-19. Rev Bras Fisiol Exerc 2020. Disponível em: https://doi.org/10.33233/rbfe.v19i2.4116. Acesso em: 03 mai. 2020.

FERRACIOLI J. et al. Bactéria Staphylococcus aureus. In: Congresso Multidisciplinar. 2019. Disponível em: http://www.fap.com.br/anais/congresso-multidisciplinar-2019/poster/183.pdf. Acesso em maio 2020.

FISHER, A. et al. Correlação funcional em mutações de resíduos de aminoácidos do iso-2-citocromo c de levedura que é consistente com a previsão da teoria do códon concomitantemente variável na evolução do citocromo c. Bioquímica genética, v. 38, n. 5-6, p. 177-196, 2000.

GIMENES, C. Aplicações do ozônio. Diário do Nordeste, Fortaleza, 08/06/2008. Disponível em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=543761 Acesso em: 04 nov. 2019.

GURLEY, B., Ozone: pharmaceutical sterililant of the future? Journal of Parenteral Science and Tecnology, v. 39, n.6, p. 256-261, 1985.

HARRIS, W. C. Ozone disinfection. Journal American Water Works Association, v. 64, n. 3, p. 182-183. 1972.

KIM, J.G. et al. Application of ozone for enhancing the microbiological safety and quality of foods: a review. Journal of food protection, v. 62, n. 9, p. 1071-1087, 1999.

LAPOLLI, F. R. et al. Desinfecção de efluentes sanitários através de dióxido de cloro. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 10, n. 3, p. 200-208, 2005.

LEÓN, O. S. et al. Ozone oxidative preconditioning: a protection against cellular damage by free radicals. Mediators of Inflammation, v. 7, n. 4, p. 289–294, 1998.

LOPES R. R. et al. Avaliação comparativa entre os métodos de desinfecção empregando cloro e ozônio de águas destinadas ao abastecimento de pequenas comunidades. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 9, n. 11, p. 23-26, 10 nov. 2013.

LUONGO M. et al. Advanced dressings and oxygen-ozone therapy to treat ulcers in chronic obliterant peripheral artheriopathies (AOCP). Eur J Clin Invest. 2003.

NOGALES, C. G. et al. Avaliação da ação da água ozonizada frente a bactérias encontradas em casos de periodontite apical secundária persistente. Braz Oral Res, p. 23-188, 2008.

RICE, R. G. et al. Uses of ozone in drinkingwatertreatment. Journal of the American Water Works Association, Denver, v. 73, n. 1, p. 44-47, 1981.

OLIVEIRA, J.O.J. Fisiologia da ozonioterapia. Apostila do curso de ozonioterapia, março de 2008.

PEREIRA, M. M. et al. Efeito de diferentes gases sobre o crescimento bacteriano: estudo experimental" in vitro". RevColBrasCir, v. 32, n. 1, p. 12-14, 2005.

RENSI, A.M; et.al Avaliação do efeito de óleos ozonizados de girassol e coco no controle propeonibacteriumacnes, XXIV. Congresso brasileiro de engenharia Biomédica. São Jose dos Campos. 2014.

SADOWSKA J. et al. Characterization of ozonated vegetable oils by spectroscopic and chromatographic methods. Chemistry and Physics of Lipids. 2008; 151:85-91. DOI: 10.1016/j.chemphyslip.2007. 10.004

SANTOS, André Luis dos et al. Staphylococcus aureus: visitando uma cepa de importância hospitalar. In: J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 43, n. 6, dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167624442007000600005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: maio 2020.

SECHI L.A, et al. Antibacterial activity of ozonized sunflower oil (Oleozon). J Appl Microbio, p.279-84, 2001.

SHELDON, B.W.; BROWN, A.L. Efficacy of ozone as a desinfectant for poultry carcasses and chillwater. Journal of Food Science, v.51, n.2, p. 305-309, 1986.

SILVA, S.B.; LUVIELMO, M.M.; GEYER, M.C. & PRÁ, I. Potencialidades do uso do ozônio no processamento de alimentos. Ciências Agrárias, Londrina, v.32, n.2, p.659-682, 2011.

SOUZA, C. O. et al. Escherichia coli enteropatogênica: uma categoria diarreiogênica versátil. In: Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua, v. 7, n. 2, jun. 2016a. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217662232016000200079&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: maio 2020.

SOUZA, S.M.O. Estudo da interferência de substratos orgânicos na ação do ozônio sobre microrganismos deteriorantes, benéficos e patogênicos. 2016b. Tese (Doutorado em Ciência Animal) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

WENTWORTH, P. Evidence for Antibody-Catalyzed Ozone Formation in Bacterial Killing and Inflammation. Science, v. 298, n. 5601, p. 2195–2199, 13 dez. 2002.

Downloads

Publicado

2021-08-30

Como Citar

SILVA, K. H. G.; CUNHA , E. V.; GALDINO, V. L. .; HIPOLITO, A. F. Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana do ozônio gasoso e do óleo ozonizado. Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão, [S. l.], v. 6, n. 11, p. 179–189, 2021. DOI: 10.47224/revistamaster.v6i11.163. Disponível em: https://revistamaster.imepac.edu.br/RM/article/view/163. Acesso em: 18 abr. 2024.