O Desenvolvimento da Empatia Clínica em Estudantes de Medicina de Centro Universitário do Interior de Minas Gerais: Uma Perspectiva Qualitativa
DOI:
https://doi.org/10.47224/revistamaster.v10i19.635Palavras-chave:
Educação Médica, Empatia, Ensino Humanizado, Estudantes de Medicina, Pesquisa QualitativaResumo
Introdução: O uso da empatia resulta em uma melhor assistência à saúde e, assim, implica em maior satisfação do
paciente em relação ao cuidado concedido, o que gera maior adesão ao tratamento e uma melhora no prognóstico.
Contudo, nota-se ainda que há uma lacuna em relação ao desenvolvimento da empatia no âmbito da formação
médica. Objetivos: Nesse sentido, objetivou-se com esse estudo, analisar o desenvolvimento da empatia clínica em
estudantes de medicina de centro universitário do interior de Minas Gerais. Metodologia: Para isso, este projeto
utilizará uma abordagem qualitativa, amparada no método fenomenológico de pesquisa, obtendo os dados por
meio da aplicação de uma entrevista semiestruturada. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que o ensino
da empatia na graduação médica é bem estruturado nos períodos iniciais, mas enfrenta desafios na aplicação
prática nos ciclos avançados. Os alunos sugerem simulações mais realistas e maior prática clínica. A influência de
médicos experientes e a capacitação docente são fundamentais para consolidar essa competência. Conclusão: Para
superar essas limitações, é essencial integrar teoria e prática de maneira mais dinâmica, capacitar docentes e
proporcionar vivências clínicas que intensifiquem o exercício da empatia. Dessa forma, será possível formar
médicos mais humanizados e preparados para lidar com as complexas demandas emocionais da prática médica.
Downloads
Referências
BARREIRA, C. R. A.; RANIERE, L. P. Aplicação de contribuições de Edith Stein à sistematização de pesquisa
fenomenológica em psicologia: a entrevista como fonte de acesso às vivências. In: MAHFOUD, M.; MASSIMI,
M. (Org.). Edith Stein e a psicologia: teoria e pesquisa. Belo Horizonte: Artesã, 2013, p. 449-466.
BATISTA, N. A.; LESSA, S. S. Aprendizagem da empatia na relação médico-paciente: um olhar qualitativo entre
estudantes do internato de escolas médicas do Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica,
v. 43, p. 349-356, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES nº 3 de 20/06/2014. Institui Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de Graduação em Medicina.
CHEN, H. et al. The impact of empathy on medical students: an integrative review. BMC Medical Education,
v. 24, n. 1, p. 455, 2024.
COSTA, F. D.; AZEVEDO, R. C. S. de. Empatia, relação médico-paciente e formação em medicina: um olhar
qualitativo. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 34, n. 02, p. 261-269, 2010.
COTTA FILHO, C. K. et al. Cultura, ensino e aprendizagem da empatia na educação médica: scoping review.
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 24, 2019.
GOTO, T. A.; FLOR, T. C. Atuação do Psicólogo no CRAS: uma análise fenomenológico-empírica. Rev Abord
Gestalt, v. 21, n.1, p. 22-34, 2015.
GUIDI, C.; TRAVERSA, C. Empathy in patient care: from ‘Clinical Empathy’ to ‘Empathic Concern’. Medicine,
Health Care and Philosophy, v. 24, p. 573-585, 2021.
HOWICK, J.; REES, S. Overthrowing barriers to empathy in healthcare: empathy in the age of the Internet.
Journal of the Royal Society of Medicine, v. 110, n. 9, p. 352-357, 2017.
KHADEMALHOSSEINI, M.; KHADEMALHOSSEINI, Z.; MAHMOODIAN, F. Comparison of empathy score among
medical students in both basic and clinical levels. Journal of Advances in Medical Education &
Professionalism, v. 2, n. 2, p. 88, 2014.
NASCIMENTO, H. C. F. et al. Análise dos níveis de empatia de estudantes de Medicina. Revista Brasileira de
Educação Médica, v. 42, p. 152-160, 2018.
OGLE, J.; BUSHNELL, J. A.; CAPUTI, P. Empathy is related to clinical competence in medical care. Medical
Education, v. 47, n. 8, p. 824-831, 2013.
PACHÊCO, C. S. G.; COSTA, A. C. S. Empatia em estudantes de Medicina: análise em função do período da
graduação e perfil sociodemográfico. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 46, n. 3, p. 107, 2022.
PROVENZANO, B. C. et al. A empatia médica e a graduação em medicina. Revista Hospital Universitário Pedro
Ernesto, v. 13, n. 4, 2014.
SAMPAIO, L. R.; CAMINO, C. P. S.; ROAZZI, A. Revisão de aspectos conceituais, teóricos e metodológicos da
empatia. Psicologia: ciência e profissão, v. 29, p. 212-227, 2009.
SANTIAGO, L. M. et al. Comparing empathy in medical students of two Portuguese medicine schools. BMC
Medical Education, v. 20, p. 1-6, 2020.
SCHATTNER, A. Empathy—now more than ever. The American Journal of Medicine, v. 135, n. 4, p. 418-420,
SILVA, C. L. S.; ABRITTA, R. T. R. Empatia em estudantes de medicina: uma revisão sistemática. E-Acadêmica,
v. 3, n. 2, 2022.
SILVA, J. A. C. et al. Ensino da empatia em saúde: revisão integrativa. Revista Bioética, v. 30, p. 715-724, 2023.
TAN, L. et al. Defining clinical empathy: a grounded theory approach from the perspective of healthcare
workers and patients in a multicultural setting. BMJ Open, v. 11, n. 9, p. e045224, 2021.
VINUTO, J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, v. 22,
n. 44, p. 203-220, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) A licença desses direitos autorais abrange o direito exclusivo da Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão para reproduzir, publicar e distribuir o artigo,
nacional e internacionalmente, incluindo reimpressões, traduções, reproduções fotográficas, microformas, formulários eletrônicos (offline, on-line) ou qualquer outra reprodução de natureza similar.
b) O (s) autor (es) aprovam que o manuscrito não pode ser retirado ou reenviado para qualquer outro Jornal/Revista enquanto a avaliação pelos pares estiver em andamento. Após aprovado o manuscrito, um autor pode auto-arquivar uma versão de seu artigo em seu próprio site e/ou em seu repositório institucional.
c) O (s) autor (es) declaram que são integralmente responsáveis pela totalidade do conteúdo da contribuição e que a Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão e o corpo editorial da Revista Científica do estão expressamente isentos de qualquer responsabilidade sobre o conteúdo do artigo, métodos, técnicas e resultados de sua pesquisa, tendo, assim, finalidade meramente informativa e educativa.
d) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.